domingo, 2 de fevereiro de 2014

O calor me lembra gente chata.


 
Gente pegajosa, que abraça, aperta,
Que quer saber cada passo e respiro meu.
Gente que irrita da cabeça aos pés.
Que sabe o infortúnio que me tira a paz,
Gente que um dia eu amei e nem volta mais.
Gente que no calor me era sorvete
Mas que hoje passa longe de ser inverno
e faz calor feito inferno.
E inferniza, mas estabiliza(va), devo admitir.
Gente que não me lembra só calor, mas cheira a verão
e querendo ou não, era um cheiro bom.
Gente que como o calor atraía ferida de pernilongos,
Que trazia bichinhos de luz, na minha noite em claro.
Gente que me lembrava queimadura de 3º grau.
Que me lembra o abafado calor de São Paulo
Que como a cidade, é cinza, é quadrado,
tão chato, que nem quero lembrar..
E que como calor e sol, o escondi em inverno e nuvens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário