quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Si-Dó.

Então a música conseguiu ser tão perfeita que com a mesma intensidade que foi cantada, ela também foi sentida. E inflamou. Inflou o coração de tal forma que nem se quer cabível se tornou o sentimento que ela havia trago. E da mesma forma que ela trouxe palavras tão distintas, moveu pessoas, sentimentos, criou caminhos, trechos de rodovias que em um provável dia se cruzariam.
E que por vias duplas, hoje fez caminhar notas duplas, de dois pés cada. Que vão em cada linha do meu caderno de brochura, e que por improviso, fizeram um soneto, mais tarde uma música, ambos de amor. Notas que formaram a escala que levava a algum lugar, e certamente não sei onde era. E porquanto não quero saber.
E mesmo que na subida dos degraus dessa escala, esses pés doam, eles se doam, acima de tudo. Passaram de Dó à Fé (com som de Fá). Até que chegam ao Sol, já que ele não havia se posto sustenido a vista.
Seguiram o caminho de tablaturas numéricas, tão confusas quanto suas infinitas dúvidas, quanto aos sentimentos e ao que eram. Seguiram um caminho de teclas amareladas, com acidentes pelo caminho. Percorreram estradas e trilhos de puro aço e nylon, com sopros de vento 'flautíveis', ouvíveis que começavam não sei onde e levavam sabe Lá a que. E seguiam, com a única certeza de que depois do duro caminho, um era do outro. Sem interferência, sem acidentes ou problemas, juntos. O que bastava. E que em poucos passos Si foram, ao arpejo perfeito.

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